Ataque aos direitos
Reforma tributária pode acabar com vale-refeição e vale-alimentação
Proposta do governo é acabar com isenção fiscal para despesas das empresas que garantem os vales refeição e alimentação
A proposta de reforma tributária do governo Bolsonaro pode comprometer direitos conquistados por várias categorias, inclusive a dos bancários. Entre as mudanças apresentadas pelo governo e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, está a possibilidade de extinção dos vales refeição e alimentação. Isso porque, pela proposta de reforma tributária, as empresas que concedem esses benefícios deverão deixar de abater a despesa no Imposto de Renda.
A ameaça aos vales refeição e alimentação foi divulgada nesta quarta-feira pelo portal UOL. A informação é de que o relator da reforma tributária, deputado federal Celso Sabino (PSDB-PA), encampou a sugestão do governo de acabar com esse benefício fiscal às empresas.
Segundo o UOL, o Ministério da Economia calcula que, com essa medida que deve levar inúmeras categorias à perda destes direitos, o governo poderá arrecadar R$ 1,4 bilhão em 2022 e R$ 1,5 bilhão em 2023.
Mais um ataque aos direitos dos trabalhadores. A categoria bancária conquistou o benefício do vale-refeição e do vale-alimentação com muita luta. O governo alivia o imposto sobre dividendos para atender banqueiros, super ricos, grandes empresários e retira direitos dos trabalhadores.
Cerca de 280 mil empresas em todo o país oferecem os benefícios para parte dos 22,3 milhões de trabalhadores. Sem a isenção fiscal, a tendência é que os empresários desistam desses benefícios.
O movimento sindical alerta que é fundamental que não só a categoria bancária se mobilize para barrar esses ataques aos direitos conquistados, mas que toda a sociedade tome consciência da importância de se mudar os rumos do país.
Dia 24, trabalhadores e movimentos sociais novamente vão às ruas contra essa política neoliberal que aumenta cada vez mais a miséria da população. Para demonstrar a insatisfação com esse governo e que precisamos urgente de outra forma de se administrar o país.
Fonte Contraf com edição da Comunicação SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias