Falta de condições

Sindicalistas criticam falta de condições de trabalho e pressão na Caixa

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Sindicalistas criticam falta de condições de trabalho e pressão na Caixa

Movimento sindical destacou a sobrecarga de trabalho, equipamentos precários, metas desumanas e retorno ao trabalho presencial

Condições de trabalho foi o tema da reunião de negociação entre a Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e o banco, ocorrida sexta-feira (22). A pauta sugerida pelos representantes dos trabalhadores aborda o dia a dia dos empregados. O retorno ao trabalho presencial e o protocolo contra a Covid-19 também foram assuntos do debate.

 

Os sindicalistas também cobraram uma posição sobre a eleição do Conselho de Administração. Até o momento não houve a divulgação da comissão eleitoral nem calendário de atividades. Também alertaram sobre o prazo da realização do pleito, que deve ocorrer em até 150 dias do vencimento do atual mandato.

 

O Interaxa

A ferramenta de interação com o cliente por meio do whatsapp, também foi amplamente debatido na reunião. Os empregados têm relatado dificuldades no atendimento devido à necessidade de domínio de diferentes assuntos para prestar esclarecimentos ao cliente. Muitas vezes necessitam de suporte dos gerentes, que também estão em atendimento. Há queixas sobre a simultaneidade no atendimento pela ferramenta e presencial e sobre o horário de funcionamento, que ultrapassa a carga horária de trabalho.

 


O banco sugeriu algumas possibilidades para solucionar o problema, como a realização do atendimento presencial intercalado com o do Interaxa, mas recebeu críticas dos integrantes da Comissão. “Tenho a impressão que o banco não entendeu os motivos que justificam nossa insistência em cobrar mesa de negociação para tratar esse assunto. Se pautamos é porque os empregados não estão conseguindo resolver o problema. O planejamento e as soluções apontadas pelo banco não refletem a realidade diária dos empregados, que devem fazer várias coisas ao mesmo tempo. Isso é desumano, assédio moral e as pessoas estão adoecendo por causa disso”, disseram os representantes dos empregados.

 

Equipamentos precários

Também cobraram a substituição dos materiais de trabalho como computadores, mouses, teclados e outros equipamentos periféricos danificados ou com péssimas condições de uso. Segundo o banco, haverá o acionamento das equipes regionais para a troca dos dispositivos.

 

Certificado digital para recém-admitidos

Empregados admitidos recentemente reclamaram da dificuldade em cumprir determinadas rotinas por não conseguirem obter o certificado digital. A Caixa avisou que o problema foi resolvido no dia 20.

 

Registro de ponto

Sobre os problemas no registro de início da jornada e volta do intervalo, a Caixa admitiu as falhas e informou que já há um projeto piloto para testar uma aplicação simplificada para facilitar o acesso aos sistemas de RH. O teste deve começar em novembro.

 

Retorno ao horário normal bancário

A Caixa informou que esse ponto já era item cobrado em reuniões anteriores e que o retorno será no dia 23 de novembro. A Comissão reforçou que o assunto deveria ser tratado na reunião e valorizado em rodada de negociação, já que era uma pauta recorrente.

 

Acesso ao Rede Caixa nas estações financeiras

A Caixa informou que vai atualizar a versão do sistema para regularizar o acesso. A Comissão sugeriu que nestas estações também seja possível acessar os manuais normativos.

 

Transferência de gerentes PJ

A CEE questionou a movimentação dos gerentes de conta PJ e a Caixa disse que responderá isso na próxima reunião.

 

Retorno presencial

Um dos assuntos de muito debate foi o retorno presencial dos trabalhadores em home office às agências, anunciado pela Caixa em uma live aos empregados na quinta-feira (21). Foi criticada a tomada de decisão sem qualquer debate com a representação dos empregados. “O retorno presencial e o novo protocolo contra Covid-19 deveriam ter sido discutidos em mesa de negociação, como foi feito com o home office no início da pandemia. Inclusive isso foi reforçado em reuniões com a Fenaban. O debate aqui envolve proteger vidas”, destacou. “Qualquer protocolo de retorno deveria ser feito somente quando 70% da população estivesse com o quadro vacinal completo. Não basta os empregados estarem vacinados. Isso é, inclusive, a recomendação dos cientistas”, acrescentaram os sindicalistas.



Foram relatados a vulnerabilidade dos empregados com deficiência auditiva, já que precisariam pedir ao cliente para retirar a máscara para fazer a leitura labial durante o atendimento. A garantia de que estes trabalhadores não vão fazer atendimento ao público e foi atendido pelos representantes do banco.



Sobre a assinatura obrigatória do Termo de Imunização Covid-19 para aqueles que vão retornar. Em documento, a Caixa afirma que “a vacinação é um ato facultativo, conforme garantias constitucionais”. “Na live de ontem não ficou claro se os empregados não vacinados vão voltar ao trabalho presencial. Isso tem causado muita preocupação. Quem se vacinou será obrigado a trabalhar ao lado de quem optou por não tomar a vacina?”, questionaram os empregados.



Em resposta, o banco garantiu que os não vacinados não retornarão neste momento e que estes casos serão estudados e divulgados posteriormente. O banco também informou que nos casos não previstos no protocolo divulgado, o gestor deve acionar o Grupo de Trabalho de Prevenção, coordenado pela área de Pessoas.



Foi solicitado uma nova rodada de negociação já na próxima semana para tratar dos seguintes assuntos – Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), Programa de Qualidade de Vendas (PQV), Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), Promoção por mérito, Cross-Selling, assédio (inclusive o gerador de Sprints como mais uma ferramenta que pode resultar em assédio) e outros.

Fonte Fenae, com edições da Contraf-CUT e SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias

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