Comissão da Verdade

Trabalhadores participam de ato por Memória, Justiça e Reparação em SP

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Trabalhadores participam de ato por Memória, Justiça e Reparação em SP

A Intersindical - Central da Classe Trabalhadora e o Sindicato dos Bancários de Santos e Região participam, nesta quinta-feira (11/6), do Fórum de Trabalhadores e Trabalhadoras por Verdade, Justiça e Reparação. O Fórum acontece no Arquivo Histórico do Município de São Paulo.

Várias entidades que contribuíram com a Comissão da Verdade estão reunidas para organizar um movimento que exija na justiça uma forma de reparação coletiva das empresas que foram protagonistas da Ditadura Civil Militar iniciada em 1964 e que se estendeu até 1985. O ato é nacional pela continuidade dos trabalhos de memória e verdade, por justiça e reparação perante as graves violações cometidas por militares e civis na ditadura.

Revista

O Sindicato dos Bancários de Santos e Região produziu uma revista histórica mostrando a luta dos trabalhadores e a perseguição e prisão dos bancários na Baixada Santista. A revista A "perigosa" unidade dos trabalhadores na "Moscou Brasileira" foi lançada em 2014

Seu autor, o jornalista Luiz Gustavo de Mesquita Soares, participa da audiência em São Paulo, juntamente com outros militantes da Intersindical e do Sindicato.

CNV

Há alguns anos, a criação e a atuação da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e das Comissões Estaduais e Municipais fomentaram um espaço político de aglutinação entre diversos setores da sociedade brasileira e de movimentos sociais prioritariamente em torno da luta por memória e verdade.

Os trabalhos das Comissões foram responsáveis pelo levantamento de dados, arquivos e registros nunca antes levados a público, pelas sistematizações de informações antes dispersas e fragmentadas, e por um desenho muito mais nítido dos processos constituídos durante a ditadura civil-militar.

Mesmo após a extinção de algumas dessas Comissões, entre elas, a própria Comissão Nacional da Verdade, persiste a organização da classe trabalhadora e dos movimentos sociais na caminhada da luta por memória e verdade. Algumas das Comissões da Verdade permanecem em atividade, mas não é claro o encaminhamento aos trabalhos e dos materiais por elas feitos quando do momento da sua finalização, sendo este um outro ponto de dúvida que precisa de proposições nesse campo.

É inegável o fato de que houve um avanço qualitativo no sentido dessas duas bandeiras após anos de trabalho. Ocorre que a justiça e a reparação ainda são duas palavras de ordem frágeis do ponto de vista da pressão política sobre as instituições. A CNV inseriu, diante dessa preocupação, como recomendação geral na conclusão dos trabalhos, a partir do consenso entre os diversos setores que a compuseram, a criação de um organismo permanente que desse continuidade à pesquisa e à apuração das denúncias de graves violações de direitos humanos relacionadas ao período.

A apuração da responsabilidade de setores empresariais na repressão à classe trabalhadora durante a ditadura, a criação de um organismo que possa dar continuidade aos trabalhos impulsionados pela CNV, a elaboração de políticas públicas que tragam à tona a preocupação com a memória e seu sentido educativo, são apenas algumas das ideias que foram traduzidas como recomendações dos movimentos sociais e da própria CNV que ainda parecem distantes de se tornarem realidade.

As Comissões se tornaram polos aglutinadores de movimentos com variadas demandas – muitas vezes fragmentadas entre si. Por isso, o ato público tem o intuito de unificar as bandeiras que orbitam nos temas da justiça e da reparação, encaradas aqui como próximos passos dos trabalhos iniciados, a fim de que haja a criação de políticas com essa inspiração.

Escrito por: Gustavo Mesquita e Fórum de Trabalhadores e Trabalhadoras por Verdade, Justiça e Reparação
Fonte Imprensa SEEB Santos e Região
Postado por Fernando Diegues em Notícias

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