A polêmica contra a quarentena lançada pelo presidente Jair Bolsonaro de que todos serão contaminados e entre salvar vidas e preservar empregos ele fica com o segundo é “falsa”, segundo artigo assinado pela OMS e FMI.

O alerta é, para os governantes despreparados que insistem em dificultar a situação, de um artigo assinado em conjunto pela diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, publicado em vários meios de comunicação do planeta, nesta sexta-feira (3).

“À medida que o mundo responde à covid-19, país após país é confrontado com a necessidade de conter a propagação do vírus às custas da paralisação de sua sociedade e economia. Pelo valor nominal, há uma troca a ser feita: salvar vidas ou salvar meios de subsistência. Esse é um dilema falso – se é que ele existe. Controlar o vírus é um pré-requisito para salvar os meios de subsistência”, escrevem os líderes do FMI e OMS.

“O curso da crise global de saúde e o destino da economia global estão inseparavelmente entrelaçados. Combater a pandemia é uma necessidade para a economia se recuperar. É por isso que a OMS e o FMI estão cooperando entre si e com outras organizações internacionais para ajudar a atender às necessidades prioritárias dos países”, enfatizam Tedros e Georgieva no artigo.

Eles também reconhecem que é difícil encontrar o equilíbrio certo. Contudo, apelam às lideranças governamentais, especialmente aos de países emergentes e em desenvolvimento, como o Brasil, que “reconheçam que a proteção da saúde pública e a volta das pessoas ao trabalho andam de mãos dadas”.