Encontro do Itaú

Bancários do Itaú querem emprego, saúde e melhores condições

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Bancários do Itaú querem emprego, saúde e melhores condições

Esses são os principais pontos da pauta de reivindicações específica definida no Encontro Nacional dos Trabalhadores, ontem, quinta-feira (5)

Os 159 delegados e delegadas participantes do Encontro Nacional dos Trabalhadores do Itaú, realizado virtualmente na tarde desta quinta-feira (5), definiram sua pauta de reivindicações específica.

 

Saúde do trabalhador

Saúde do trabalhador foi o tema da primeira mesa de trabalho do encontro nacional.



“A luta pelo cumprimento dos protocolos de saúde e segurança continua, vamos negociar e estabelecer as estratégicas de enfrentamento sindical, para garantir melhores condições de trabalho para a nossa categoria”, disse Élcio Quinta, tesoureiro do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e trabalhador do Itaú.



Os sindicalistas têm em acordo com a Fenaban que não haverá volta sem negociar os critérios, com um protocolo único mínimo de procedimento. Uma eventual volta só pode acontecer com a vacinação completa. Os bancos também têm de ter responsabilidade neste processo.

 

Emprego

Os trabalhos continuaram com o painel sobre Emprego. Os delegados e delegadas debateram os números apresentados pela economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Cátia Uehara, no início do encontro. As metas absurdas e os programas de remuneração foram duramente criticados, muitas vezes são usados como justificativas para as demissões, disseram os delegados.

 

Vale destacar alguns pontos

-Lucro líquido na pandemia: O banco já atingiu o mesmo patamar do período anterior à crise.

 

- Receita de tarifas subiu, assim como a despesa de pessoal e essa subida foi impactada pelos desligamentos de funcionários (410,7%). Tal número inclui uma projeção de acordo com a reestruturação.

 

- Relação de Tarifas/Despesas de Pessoal ainda continua altíssima (171,0%). Ou seja, o banco paga o salário de todo quadro e ainda sobra 71% dos valores somados das tarifas cobradas.

 

- No último ano (06/2020-06/2021), 114 agências foram fechadas.

 

- Relação Clientes/Empregados aumenta anualmente, evidenciando uma nítida sobrecarga de trabalho.

 

Remuneração

O terceiro ponto debatido na pauta foi remuneração. Os delegados e delegadas mostraram que instabilidade e medo de demissões são os resultados da implementação do GERA, programa de remuneração variável criado para substituir o AGIR.

 

Desde o início da mudança do agir os representantes dos funcionários vem tentando negociar mudanças. O banco fez uma apresentação de que seria melhor para todo mundo, mas na realidade não foi isso que aconteceu. O GERA causou acúmulo de funções, aumentos as metas, sobrecarga de trabalho, assédio moral, entre outras pioras na comparação com o Agir. “Por isso estamos cobrando negociações sérias do Itaú”, completou Guto Filho, dirigente sindical do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do Itaú.

 

Também foi destacado o novo modelo do banco que apresenta mudanças radicais. As alterações vão desde o novo presidente do banco promovendo uma digitalização acelerada e consequentemente diminuição dos postos de trabalho e funções como home office definitivos, além de criação de espaços de coworking em regiões estratégicas.

 

“Os atendentes das grandes redes de farmácias já são usados como um triste exemplo do modelo de atuação dos bancários nas agências”, completou Guto.

 

GT Saúde

O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú foi o tema da quarta mesa de debate do encontro nacional. Foi ressaltado a importância do movimento sindical ter conquistado o GT de Saúde no Itaú. Constantemente negociam a saúde do trabalhador. Durante a pandemia, este trabalho ganhou ainda mais importância.

 

Fundação Itaú

O Último tema debatido pelos delegados e delegadas do encontro foi Fundação Itaú. Foi feito um breve relato sobre todos os planos e um resgate das últimas eleições, realizadas em maio. “Os ataques que os fundos de pensão em sofrendo já é um debate bastante disseminado. Eles querem que os fundos fiquem nas mãos dos bancos, sem representatividade dos trabalhadores. Esse é o sonho deles. Não temos nenhum técnico, mas somos participantes e temos interesses para que tudo dê certo. Nós temos que estar agindo para ver onde há espaços para beneficiar os trabalhadores”, afirmou Erica Godoy, conselheira da Fundação.

 

Principais itens da minuta aprovada para enviar ao banco

Remuneração

Negociação de um acordo com regras para o Gera

Manutenção das conquistas do PCR

Negociação de um novo Plano de Cargos e Salários (PCS)

Reajuste dos tíquetes que siga a variação da cesta básica

Gratificação de função para os GSO

 

Emprego

Fim das demissões

Programa de realocação de pessoal

Rediscussão do programa de metas usados para justificar demissões

 

Saúde

Agilização das negociações no Grupo de Trabalho de Saúde

Parcelamento dos valores devidos pelos bancários considerados inaptos para o trabalho e aptos pelo INSS

Emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho para casos de adoecimento por covid-19

Criação de programa de saúde do trabalhador que atenda aos bancários

Exigir a realização de exames demissionais

Acesso dos funcionários a seus protocolos médicos

Exame de retorno aos contaminados pela covid-19

Garantia de apoio ao tratamento de sequelas da covid

Novo acordo para o parcelamento de horas negativas

 

Previdência

Defesa da previdência para todos, além do debate sobre estes planos, em que os funcionários têm representantes, mas cujo controle é do banco.

 

Os fundos de previdência dos funcionários do Itaú e que tem como patrocinador o banco, tem patrimônio de R$ 29 bilhões, sendo o terceiro maior valor entre os planos de previdência fechados do país. Defesa da abertura de diálogo com os gestores da Fundação, indicados pelo Itaú, para que se possa discutir avanços para os funcionários, como a inclusão de todos.

Fonte Contraf com edição da Comunicação SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias

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