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Dirigentes sindicais apresentam problemas do Agir à direção do Itaú
O programa de Ação Gerencial Itaú de Resultados (Agir) para os bancários do setor operacional foi o tema central da reunião, nesta quarta-feira (15), entre o movimento sindical, a Comissão dos Empregados (COE), com a direção do Itaú, na sede do banco, em São Paulo.
No início do encontro, o Itaú fez uma apresentação dos resultados do plano de metas do banco, controlado por atribuição de pontuação individual de cada funcionário.
Os dirigentes sindicais levantaram algumas ponderações que deixam clara a necessidade de mudança dentro do programa. O foco do banco é a meritocracia, para atingir essas metas, baseadas em três pontos: objetivo, apuração e premiação.
Os dirigentes sindicais ainda apontaram as férias e os afastamentos por licenças médicas como problemas na apuração das metas. Em muitos casos, os funcionários são obrigados a retirar apenas 20 dias de férias. E, antes de sair, tem de dar conta da meta de um mês em apenas dez dias. No afastamento, é ainda pior. É impossível fazer uma meta de seis meses em um mês. Por isso, o funcionário não pode ser cobrado dentro do programa. Ele precisa passar por um período de readaptação ao trabalho.
Outro grave problema do banco é a gestão. Muitos responsáveis pela aplicação do Agir não estão preparados para gerir e motivar os trabalhadores.
O Itaú apresentou as modificações feitas no programa, desde seu inicio, baseadas nas criticas e sugestões dos trabalhadores. O movimento sindical vai discutir os números do banco e apresentar novas sugestões de alterações dentro do programa.
Os dirigentes sindicais também manifestaram preocupação com o grande número de demissões por justa causa ocorrida no banco, nos últimos meses. Em muitos casos, motivados pelo não cumprimento de metas do Agir.
Reunião da COE
Na terça-feira, os representantes dos trabalhadores se reuniram em São Paulo para discutir a proposta de readaptação profissional, que o banco apresentou no mês passado. O movimento sindical critica o formato unilateral da proposta e pede participação. Não existe possibilidade de aprovação desta proposta. Existem muitas restrições e bastantes criticas.
Para os dirigentes sindicais, o projeto não devia ser de readaptação e sim de retorno ao trabalho. O projeto está muito centrado em duas reuniões que têm médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Enquanto no resto do País, o atendimento será terceirizado.
Outro problema é o repasse de responsabilidade do CAT para o gestor da agência sem que o mesmo tenha conhecimento técnico. Se ele mesmo sofrer acidente, quem vai fazer a ocorrência?
Os trabalhadores precisam de um programa em que a finalidade seja de adaptar o trabalho e o local de serviço às limitações e nova realidade do funcionário quanto volta do INSS. A pressa do banco em diagnosticar o problema do trabalhador, causa mais problemas médicos e comprometimentos a saúde do trabalhador. O programa não se preocupa com a doença causada pelo trabalho no banco. Quer apenas que o trabalhador se adapte à função, sem levar em conta a patologia. E fique apto para ser demitido.
Escrito por: Imprensa Contraf
Fonte Contraf
Postado por Fabiano Couto em Notícias