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Greve dos bancários da Intersindical é forte em Santos

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Greve dos bancários da Intersindical é forte em Santos

A greve dos bancários de Santos e da região metropolitana da Baixada Santista (São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Cubatão, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe e Bertioga) vai para o 10º dia, nesta quinta,06, sob o silêncio dos bancos, que não dão nenhum indício de negociação. As paralisações atingem 95% das agências em Santos e 80% nas demais cidades da Baixada Santista.

Esta base é comandada por bancários ligados à Intersindical do Sindicato de Santos e Região, que tem sob sua responsabilidade representar e lutar em defesa dos direitos de 4.100 bancários na ativa, que trabalham em 260 pontos de atendimento, sendo 201 agências e 59 Postos de Atendimento Bancário – PABs.

“A falta de consideração com os bancários, a população e os clientes é geral destes patrões que são os lucram mais no mundo”, Eneida Figueiredo Koury, Secretaria Geral do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionária do Banco do Brasil. 

“Os 12 maiores bancos lucraram mais de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre do ano. No entanto, eles propuseram reajuste de 8% aos bancários, o que significa praticamente apenas a reposição da inflação. Enquanto isso, altos executivos chegam a ganhar até 400 vezes o valor do piso da categoria, mostrando que eles não querem distribuir renda e ajudar o Brasil a se desenvolver”, ressalta Eneida.

Para atingir estes lucros gigantescos, os bancos pressionam os trabalhadores bancários a vender produtos aos clientes, mesmo que eles não precisem ou sejam beneficiários de apenas um salário mínimo do INSS. Exigem metas cada vez maiores, impossíveis de serem atingidas. Por causa dessa pressão e do assédio moral, os bancários estão adoecendo cada vez mais. Mas os banqueiros não querem discutir medidas para preservar a saúde dos trabalhadores.

“Sendo assim, não restou outra alternativa para os bancários, após cinco rodadas de negociações sem receber uma proposta decente dos bancos senão a greve, o único instrumento capaz de mover os banqueiros de sua ganância”, explica Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

Bancários da Intersindical fazem passeata com os correios, em Santos/SP

Cerca de 300 trabalhadores bancários de Santos e Região, dos Correios e do judiciário federal, em greve, fizeram uma grande passeata, terça, 04/10/11, em Santos/SP, em protesto pela intransigência dos banqueiros e da presidenta Dilma Roussef, que não negociam reajustes justos para as três categorias. 
A passeata saiu do centro financeiro da cidade, que reúne o maior número de bancários e agências do litoral paulista.

Na passeata, organizada pelos bancários ligados à Intersindical e os funcionários dos correios, os trabalhadores levaram suas bandeiras, faixas e carros de som para denunciar à população o descaso dos patrões com quem verdadeiramente produz a riqueza no país, sejam do setor privado ou público.

Leia um breve histórico da Greve dos Bancários

Depois de negarem tudo nas cinco rodadas de negociação, ainda enrolaram quase um mês para oferecer, dia 23/09, apenas 8% como reajuste dos salários. A categoria reivindica 12,8% de aumento salarial. 
Para os bancos não existem metas impossíveis, as metas não causam doenças, os bancários não são os que mais adoecem e humilhação e assédio são problemas isolados, não da pressão exercida pela empresa para cumprir metas.
A intransigência e descaso empurrou os bancários à greve. 

Bancos rejeitam tudo desde o início

A Federação Nacional dos Bancos – Fenaban - vem rejeitando, desde a 1ª rodada de negociação, dias 30 e 31/08, as reivindicações sobre melhorias das condições de trabalho, respeito à jornada de seis horas, redução de espera na fila, mais contratações, implementação de mais caixas nas unidades, garantia de emprego, fim das terceirizações e extensão do abono-assiduidade para todos os bancários.

Reivindicações salariais mais do que justas

“Nós, bancários reivindicamos reajuste salarial de 12,8%, PLR de três salários mais R$ 4.500, piso do Dieese (R$ 2.297,51 em junho), plano de cargos e salários para todos, mais contratações, fim da rotatividade com garantia de emprego, reversão das terceirizações entre outros itens colocados na pauta entregue, dia 12/08, à Fenaban”, afirma Big.

181 bancários suicidaram-se

Um estudo feito entre 1996 e 2005 apurou junto ao Ministério da Saúde que 181 bancários cometeram suicídio, numa média de um a cada 20 dias. “Eu quis verificar se um fator social – as pressões no ambiente de trabalho – poderia contribuir para desencadear transtornos mentais de tal gravidade que as pessoas perdiam a vontade de viver”, explicou ao site da UnB o pesquisador Marcelo Finazzi, mestre em Administração e autor da dissertação Patologia da Solidão: o suicídio de bancários no contexto da nova organização do trabalho.

Na mesma entrevista, o autor destacou: “Faltam o cumprimento da legislação trabalhista, metas de produção condizentes com a capacidade física e psicológica dos funcionários, assim como o treinamento dos gestores para lidar com os conflitos. O suicídio tem sido o desfecho trágico de muitos trabalhadores que sucumbem às violências do trabalho”.

Gustavo Mesquita Mtb 22.959
Assessor de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região

Postado por em Notícias

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