Os 21 dias de greve dos bancários, que não para de se fortalecer, fez com que os banqueiros chamassem nova rodada de negociação. Amanhã (quinta-feira, 10/10), representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional se reunirão a partir das 10 horas, em São Paulo. Ao meio-dia, as direções do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal também apresentarão suas propostas específicas para a categoria.

Além das negociações na Capital, nessa quinta haverá nova manifestação cultural feita pelo Sindicato dos Bancários de Santos e Região. A partir das 16 horas, a Orquestra de Violões do Sindicato se apresentará na Praça Mauá, Centro de Santos, em frente à agência do Santander.

7,1%

Desrespeitando a pauta de reivindicações da categoria , que inclui reajuste de 11,93%, os bancos ofereceram até agora apenas 7,1% de aumento. O percentual foi proposto durante a primeira rodada de negociação após o início da greve, ocorrida na última sexta-feira (04/10).

Com os banqueiros oferecendo um índice tão rebaixado, não deu outra: as assembleias realizadas em Santos e por todo o Brasil rejeitaram a proposta da Fenaban. Desde então, a greve ganhou ainda mais força, já paralisou quase 12 mil agências e chegará ao 22° dia na data da negociação.

“Espero que seja apresentada uma proposta que possa ser aceita pelos bancários. Caso contrário, a greve continuará cada dia maior”, ressaltou o presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Ricardo Saraiva Big.

PL 4330

Outra luta inserida na Campanha Salarial é o combate ao Projeto de Lei 4330, o PL que precariza as condições de trabalho em todo o País. Se o projeto virar lei, os empresários de vários setores poderão ampliar indiscriminadamente as terceirizações, reduzindo salários e direitos trabalhistas. Um estudo do Dieese mostra alguns dos problemas enfrentados pelos terceirizados.