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Itaú: INFERNO trabalhar nas agências digitais
O Itaú é um dos bancos que mais investe em transações por meios digitais. Para dar uma ideia, o número de agências digitais passou de 34 em março de 2015 para 144 em março de 2017. Da mesma forma, as denúncias que chegam ao movimento sindical sobre assédio moral nessas unidades têm aumentado. E com um sério agravante: o banco não autoriza a entrada de dirigentes nessas agências, o que dificulta a apuração dos casos.
O movimento sindical já cobrou do departamento de Relações Sindicais do Itaú o acesso às agências digitais, mas ainda não teve resposta. As entidades representativa dos bancários devem poder visitar os locais de trabalho para averiguar as condições físicas do ambiente, conversar com os empregados, enfim, exercer sua função de defender os direitos da categoria. Impedir isso é prática antissindical.
Os bancários dessas agências acabam fazendo serviço de teleatendimento. Mas, ao contrário dos trabalhadores de call center, que têm por lei uma jornada de seis horas, nas agências digitais chegam a cumprir oito horas. É um trabalho desgastante e, como se não bastasse, ainda tem a cobrança pelo cumprimento de metas. O resultado é que o bancário acaba adoecendo e se afastando por licença médica. E a maioria dos casos relatados envolve funcionários que se afastaram e na volta são discriminados, isolado, ficam sem acesso à troca de e-mails da equipe etc.
Outro problema que tem sido relatado são defeitos no ar-condicionado de algumas unidades. O local fica quente demais e não apresenta condições adequadas para que o bancário exerça suas funções.
Fonte SEEB SP
Postado por Fabiano Couto em Notícias